domingo, 30 de agosto de 2009

Potosi

Potosi já foi a cidade mais importante da América. No século 17 era uma das maiores cidades do mundo, do mesmo porte de Paris e Londres. Tudo isso devido ao Cerro Rico, o morro onde se extraíram muita prata, representando boa parte da riqueza espanhola nos tempos da colonização.


Esse é o Cerro Rico. E a vista da cidade lá do morro.

Hoje Potosi é uma das cidades mais pobres da Bolívia, que já é um dos países mais pobres do continente. A cidade ainda se sustenta da mineração de prata, bronze, zinco e outros.


Uma foto da entrada da mina onde fiz um passeio turístico. Existem mais de 2 mil minas em todo o morro. E já lá dentro ajudando um pouco no trabalho ainda artesanal da mineração.


É meio que tradição levar folhas de coca, refrigerante para os mineradores. Além disso eles também consomem o inacreditável alcool potável. Uma bebida com 96% de graduação alcoólica! E ai, Sherlock, essa tá boa pra voce?


Quando entramos na mina, confesso que no começo deu um pouco de medo. A sensação de estar dentro do morro e passando em alguns buracos realmente assusta. Na segunda fotos, algumas pedras de bronze na minha mão.

Esse é o "tio". Maneira simpática de chamar o diabo. Os mineradores crêem que toda a riqueza que esta dentro da terra vem do inferno, então eles vão pedir ao tio que os permitam encontrar e retirar essas riquezas. Na segunda foto um fio de prata e bronze encontrado na mina.

Tem uma história interessante de dois irmãos que começaram a trabalhar na mineração aos 10 anos. Aos 18 perderam seu pai, vítima dos males desse trabalho. Aos 25 tiraram a sorte grande, encontraram uma mina de prata pura. Hoje eles são os mais ricos da cidade, abriram uma empresa de mineração com mais de 2 mil empregados e são os criadores e donos do Real Potosí, o time de futebol da cidade.

Potosí fica a 4100 metros de altitude e os jogos de time brasileiros contra o Real Potosí sempre são problemáticos. E pudera, fui caminhar pela cidade e sobe morro, desce morro, depois de 1 hora comecei a ter dores de cabeça e o ar parecia que entrava no pulmão. Tive que sentar numa praça pra descançar e logo depois passou.


Na primeira foto eu no final da mina, isso a 1500 metros dentro do morro. De Potosí, eu fui pra Uyuni. A segunda foto tirada nesse caminho, 6 horas em estrada de terra.

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