Ica

Depois de um dia em Lima, eu e Angela começamos nossa viagem rumo ao Sul do Peru. Nossa primeira parada foi em Ica (4 horas de bus de Lima). Ica se caracteriza pela regiao desértica: muito calor durante o dia e a noite, muito frio.

Próximo a cidade, uns 10 km, existe o oásis de Huacachina. Uma paisagem fora de série. O contraste entre as dunas e o pequeno povoado é muito belo.

As fotos acima sao de Huacachina. Nós alugamos uma prancha de sandboard e começamos a andar pelas dunas.

Na primeira foto a Angela tentando se equilibrar na prancha e eu dizendo: pode ir, eu te seguro. Ainda bem que ela nao acreditou e resolveu ir sentada mesmo.

Depois eu descendo, claro, em pé. Uma das únicas fotos que eu nao estou levando capote. Depois de alguns treinos nas dunas pequenas, fui tentar na "profissional". Deu medo, mas desci meio que brecando de vez em quando.

Ica também é conhecida como a terra do Pisco! Entao fomos conhecer uma bodega. Esses tipos de barris sao chamados de botijas. Onde sao armazenados os piscos e vinhos. O pisco é um tipo de cachaça, só que feito de uva.

Mais fotos da bodega: eu fazendo degustaçao de vinhos e pisco, e a Angela também provando uns copinhos.

Próximo a Ica, existe a cidade chamada Pisco onde fica o parque nacional de Paracas. Nesse parque existem algumas ilhas com uma fauna muito exótica e protegida pelo estado. Na primeira foto a Angela tentando alimentar alguns pelicanos. Angela diz-eu quis levar para casa mas ele nao deixou.

Em Paracas fizemos um passeio de lancha até a Isla Balletas. E no caminho tem o chamado El Candelabro, uma figura desenhada na dunas. A explicaçao para o desenho variam de piratas (mais aceita), E.T.s e colonizadores. A figura nao sai devido a falta de chuva, tipo do solo e proteçao que a montanha faz em relaçao ao vento.

As fotos acima sao da Isla Balletas. Nessa ilhas existem muito pássaros "pescadores", alguns lobos-marinhos e pinguins, assim como mariscos, estrelas do mar e outros. Apesar de bonita, cheira muito, mas muito mal, devido às fezes dos passarinhos. Dizem que lá se tem o melhor adubo do mundo.

Mais fotos dos pássaros sobrevoando a ilha. A quantidade é impressionante. Na outra foto, os lobos-marinhos tirando um cochilo nas pedras.

Peru

Como de costume, mais uma desgastante viagem para atravessar outra fronteira. Dessa vez saindo do Equador rumo ao Peru.

Saí de Cuenca e fui até Loja, onde tive que esperar umas 4 horas na rodoviária. De Loja peguei um ônibus até Piúra, já no Peru. Depois mais um bus até Chiclayo e depois Trujillo, 24 horas de viagem até aqui e então parei pra dormir um pouco e descansar. No outro dia mais 9 horas até Lima. Uma verdadeira maratona, mas que sinceramente não reclamo e já me "acostumei".

Na primeira foto, quando atravessei a fronteira entre Equador e Peru numa ponte de uns 20 metros. O ônibus que peguei chegou aí umas 5:30 da manhã e ainda estava escuro. Na segunda foto a região desértica peruana, presente em quase toda a costa litorânea.

Mesmo numa região seca, existe algum tipo de agricultura devido ao sistema de irrigação, como na primeira foto. No entanto as cidades que passei no caminho aparentam ser bem pobres.

Em Trujillo, foto da Plaza de las Armas. Em quase todas cidades do Peru existe uma Plaza de las Armas. Na segunda foto, uma rua de Trujillo com várias bandeiras do Peru. Isso porque no dia 28 de julho se comemora a independência do Peru e nessa época é costume as pessoas pedurarem bandeiras do país em sacadas, janelas, carros, praças e etc.

As fotos acima já são de Lima, uma cidade que parece viver 2 realidades, como em várias cidades do Brasil. A parte mais rica, como o bairro de Miraflores, é muito organizada, limpa, segura e agradável. Já na periferia se vê muita sujeira, desorganização e etc. Na primeira foto, em um shopping a céu aberto de Miraflores, com vista para o Pacífico e algumas praias de Lima. Na segunda foto, um tipo de favela da periferia.

A minha passagem por Lima foi rápida, apenas pra esperar a Ângela que chegaria do Rio. E vamos viajar por cerca de 20 dias pelo Peru. Fotos do início dessa viagem no próximo post.

De Cuenca em Baños

Copiando o trocadilho usado pelo Daltro, para mostrar na verdade a viagem entre Baños e Cuenca. Segue fotos:

Como não tem "voos" direto, tive que fazer uma conexão em Ambato e esperar o onibus na rodoviária dessa cidade, que na verdade é a calçada que beira a rodovia. Na primeira foto, pra todos saberem que sou turista. Na segunda foto, o cachorro indo sossegado no fundão do buzão.

No caminho mais um vulcão, esse não sei o nome.

Vista da cordilheira, foi assim quase todo o percurso.

Pôr do sol visto dos Andes, com as nuvens abaixo dos topos das montanhas. Essa é pra papel de parede :).

Já em Cuenca, uma cidade em estilo colonial, com prédios antigos e conservados, como na segunda foto. Na primeira foto, o coreto da praça com a igreja no fundo.

Baños

Por ser um país pequeno, as viagens pelo Equador têm sidos curtas comparadas com as da Colômbia e Venezuela. De Quito para Baños foram 4 horas e meia. Por outro lado, no Equador encontrei os piores ônibus até agora em termos de comforto, modernidade e segurança.

Já no caminho entre Quito e Baños, pude avistar o vulcão Cotopaxi. Na primeira foto, bem de longe. Na segunda foto mais de perto, porém por conta das nuvens não se vê muito.

Em Baños, aluguei uma bike e fui fazer o caminho Baños-Puyo. Do total de 60km, percorri 40 e depois voltei de bus. Estava junto com um francês e confesso, eu que desisti. Não é a toa que eles são bom nisso. No caminho, várias cachoeiras, como na foto acima ...

... e algumas paisagens bem bonitas.

Em Baños também tem algumas termas, com águas quentes. Mas são bem simples, na que eu fui tinha apenas uma piscina e uma cachoeira ao fundo. Em termos de lazer, as termas de Presidente Epitácio ganha fácil. Na segunda foto, eu no Mirante de la Virgen e ao fundo a cidade de Baños (pequena, com aproximadamente 18 mil habitantes).

Numa das caminhadas que fiz, pude ver o vulcão Tungurahua (5033 metros de altitude) que fica próximo a Baños. Inclusive esse vulcão entrou em erupção uns anos atrás e a cidade foi completamente evacuada por alguns meses. Agora parece que o bixo tá mais tranquilo.

Pra finalizar, eu dando um de "cristo de Baños". E na segunda foto jogando sinuca com um equatoriano, torcedor do LDU. Ganhar da Inter no futebol foi fácil, quero ver ganhar de um corintiano na sinuca, que os digam os corintianos fera na sinuca Chicão e Seu Dimas.

Mitad del Mundo

Infelizmente, junto com a câmera roubada foram as fotos de Quito e de Cali que eu não havia feito backup. Mas continuar a viagem sem câmera, seria um pecado. Então tive que comprar outra. Como não queria gastar muita grana com algo e para manter o ciclo roubo-venda, fui comprar uma no mercado negro. Comprei uma Samsung usada (leia-se roubada) de 5 megapixel por 80 dólares.

Após o ocorrido fui descobrir que aqui no Equador, no novo mandato de Rafael Correa, aprovaram uma lei em que: roubo ou furto de objetos que valem menos de 600 dólares não é considerado crime!!! É apenas uma contravenção. Ou seja, o sujeito pode até ser detido, mas logo é solto e não responde criminalmente.

E continuando o lado de turista, fui visitar a Mitad del Mundo. Lugar onde supostamente passa a Linha do Equador. Só que esse lugar foi calculado a 300 anos atrás, com menos recursos que hoje. Resultado, a Mitad del Mundo na verdade fica a uns 200 metros ao sul da linha do Equador.

Foto tirada na Mitad del Mundo, suposta Linha do Equador.

No local verdadeiro da Linha do Equador construíram o Museo Inti-nan, visto na primeira foto. E na segunda foto, agora sim, a clássica foto com um pé no Hemisfério Norte e outro no Hemisfério Sul.

Nesse museu tem alguns experimentos científicos, como o relógio solar e, justo na linha do Equador, é possivel equilibrar um ovo no prego. Além disso tem o experimento com a água caindo pelo ralo. E é verdade! No norte a água cai girando no sentido anti-horário, no sul cai girando no sentido horário e na linha do Equador, cai reto (tenho vídeo).

E na seção inusitadas: uma loja de calçados brasileiros, fechada pela justiça por irregularidades fiscais; e um anúncio para aprender a dirigir em casa (é possível?).

Hoje estou saindo de Quito rumo a Baños, cidade próxima ao vulcões equatorianos.